A gestão pública exige liderança, compromisso e a capacidade de traduzir promessas de campanha em ações concretas. Quando observamos a prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz, e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, há um ponto em comum que chama a atenção: ambas são professoras de formação, o que naturalmente cria uma expectativa de que a educação seria o carro-chefe de suas gestões.
No entanto, as práticas administrativas de ambas têm demonstrado uma preocupante desconexão com os desafios mais urgentes da população, especialmente no setor educacional.
Apesar de estar há apenas 21 dias no cargo, Nilda Cruz já acumula críticas que apontam para uma gestão desorganizada e sem foco nas prioridades reais do município. Durante sua campanha, a prefeita visitou escolas e prometeu melhorias significativas, mas, até agora, não houve sequer uma visita oficial às unidades escolares.
Enquanto isso, pais de alunos enfrentam dificuldades para conseguir vagas para seus filhos, recebendo respostas evasivas como “vamos ajustar”.
O cenário é ainda mais alarmante com o início iminente do ano letivo. Escolas que foram palco de promessas de campanha permanecem sem manutenção básica, sem limpeza adequada e sem um cronograma claro para resolver os problemas identificados.
Enquanto isso, a prefeita parece focada em eventos e festas. Veraneios em Pirangi, anúncios de carnaval e a entrega de medicamentos em UBSs que já enfrentam denúncias de falta de insumos pintam um retrato de uma administração mais preocupada com a imagem pública do que com a solução dos problemas estruturais da cidade.
No governo estadual, Fátima Bezerra segue um caminho semelhante. Eleita com o discurso de valorização da educação e dos serviços públicos, sua gestão é marcada por escolas sucateadas, estradas esburacadas e um sistema de saúde que beira o colapso.
A governadora, assim como Nilda, parece ter dificuldade em priorizar as áreas que mais necessitam de atenção.
Se Nilda Cruz continuar no mesmo ritmo, há um risco real de que sua gestão se torne uma miniatura do governo estadual: cheia de promessas não cumpridas e marcada pela insatisfação popular.