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OMS vai avaliar se Covid-19 ainda representa emergência global

  • Saúde

Após quase três anos de enfrentamento à covid-19 e dois anos desde o início da cobertura vacinal,  o cenário de mortes semanais pela doença voltou a aumentar e vem gerando um alerta na Organização Mundial de Saúde (OMS). No total, nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas morreram em consequência da infecção no mundo.

Segundo Tedros Adhanom, diretor geral da OMS, em depoimento à imprensa na última terça-feira (24), o número real de óbitos pode ser superior ao revelado pelos dados. Face ao problema, ele afirmou que o  Comitê de Emergência sobre Covid-19 se reunirá para discutir se a situação atual ainda constitui uma emergência global. “Embora não vá antecipar o conselho do Comitê de Emergência, continuo muito preocupado com a situação em muitos países e com o número crescente de mortes”, completou.

Para o diretor-geral, a baixa na imunização com as doses de reforço é um dos fatores que preocupam e colocam em tensão a resposta global à covid-19, dado que grupos mais vulneráveis à infecção também estão entre as pessoas com  o esquema vacinal incompleto. Ainda, continuou, as desigualdades que atravessam o acesso aos serviços de saúde dificultam a superação do problema.   

“Para muitas pessoas, os antivirais continuam caros e fora de alcance. E muitas pessoas não recebem os cuidados adequados. Sistemas de saúde frágeis estão lutando para lidar com o fardo da Covid-19, além de cuidar de pacientes com outras doenças, incluindo gripe e vírus sincicial respiratório”, apontou.

No que se refere ao acompanhamento epidemiológico, a OMS avalia que a vigilância e o sequenciamento genético diminuíram drasticamente, tornando mais difícil rastrear as variantes do coronavírus conhecidas e detectar novas linhagens virais.

“Há uma torrente de pseudociência e desinformação circulando, o que está minando a confiança em ferramentas seguras e eficazes para a Covid-19. Minha mensagem é clara – não subestime esse vírus, ele nos surpreendeu e continuará a nos surpreender e continuará a matar, a menos que façamos mais para levar ferramentas de saúde às pessoas que precisam delas e combater de maneira abrangente a desinformação”, disse Adhanom.

Com informações da CNN Brasil .

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