Os casos de ataques em escolas em várias cidades do Brasil acendeu um alerta nas autoridades e gerou medo e afliação em pais e responsáveis pelos estudantes. Em Natal, a prefeitura estuda a possibilidade de instalar detectores de metais nas portarias das escolas da rede municipal de ensino.
“Trata-se exatamente de ferramentas para debelar essas situações que estamos vendo no Brasil. Sem sombra de dúvida, os detectores de metais não estão descartados. Faz parte de um pensamento amplo para que a gente possa instalar em nossas redes”, esclareceu Aldo Fernandes, secretário de Educação de Natal em substituição legal.
Uma outra medida debatido é o sistema de videomonitoramento. “Todas essas medidas preventivas, através de conversas, de palestras, a gente vem tomando. Porém, é bom deixar claro que queremos avançar ainda mais. Queremos nos aprofundar para garantir uma segurança maior aos nossos alunos, aos nossos professores”, acrescentou Fernandes.
A rede de ensino da capital conta com a Ronda Ostensiva de Proteção Escolar (Rope), vinculada à Guarda Municipal de Natal. A força de segurança já adotou novos protocolos para orientar estudantes e profissionais da educação.
“Sempre estamos atualizando, não só por questão do arcabouço jurídico, mas também como uma questão social do dia a dia. Com os fatos mais novos que têm acontecido, nós estamos dando uma repaginada em todos os nossos cursos”, explicou Bruno Tavares, comandante da Ronda Escolar.
Em Natal, todas as unidades de educação do município possuem porteiros, que são apontados como fundamentais no processo de proteção. Ao todo, são 74 unidades Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e 72 de Escolas de Ensino Fundamental.
“Sempre damos palestras e cursos para os porteiros com a ideia de estreitar esses laços entre a comunidade escolar e a Guarda Municipal. Esses porteiros são orientados, têm treinamento para smepre que perceberem algo diferente do normal, eles nos comunicar”, acrescentou o comandante da Rope.
A Câmara Municipal de Natal aprovou um Projeto de Lei que torna obrigatório o emprego de segurança armada durante o expediente escolar nas instituições da capital. O projeto, apresentado pela vereadora Nina Souza (PDT), destaca a necessidade de maior segurança nas escolas em virtude dos ataques nos estabelecimentos de ensino no país. O projeto ainda deve passar pelo plenário da Câmara antes de seguir para a sanção do prefeito Álvaro Dias.
“Nós precisamos entender que a situação está cada pior. A vigilância armada se faz necessária. É preciso que nós tenhamos esses homens e mulheres guarnecidos para proteger crianças”, argumentou a vereadora.
Já o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Bruno Vital, pontuou que o debate precisa ser ampliado. “A primeira questão é não simplificar o debater a ter ou não um segurança armado”, disse.
“Quem é o segurança que via para a escola? Ele tem preparação para lidar com os estudantes e para poder respeitar os estudantes? Todas essas questões devem ser levantadas em primeiro lugar antes de se fazer um simples debate”, completou.