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Secretários de saúde dizem que não exigirão aval médico para vacinar crianças

  • Cidades

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde afirmou ontem que não vai pedir prescrição médica para vacinar crianças contra a covid-19. A exigência de receita foi anunciada na véspera pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O uso do imunizante da Pfizer na faixa etária de 5 a 11 anos já foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e é defendido pela comunidade cientíica. Para especialistas, cobrar prescrição prejudica os mais pobres e atrasa a vacinação.

Além da prescrição do médico, Queiroga disse que deverá ser assinado documento de consentimento dos pais. Ainda não há data para a imunização das crianças no Brasil. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, o produto da Pfizer já tem sido aplicado.
“Os cientistas do mundo inteiro apontam a segurança e eficácia da vacina para crianças! Ela inclusive já começou a ser aplicada em meninos e meninas de vários países do mundo. Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus”, diz trecho da carta do conselho de secretários, assinada pelo titular da pasta do Maranhão, Carlos Lula, que preside a entidade.
“Jamais seguiremos os negacionistas, independente do cargo que ocupam”, escreveu Camilo Santana (PT), governador do Ceará, no Twitter. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também refutou. “Aqui não vai precisar de atestado para vacinar crianças não’.

Em nota ontem, a Anvisa – que tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro – defendeu a vacina. “Crianças e adultos podem contrair a covid, ficando gravemente doentes, o que pode resultar em hospitalização, e ainda em sequelas e danos à saúde que podem persistir por várias semanas ou mais após a infecção.”
Já Bolsonaro voltou a defender a prescrição ontem, ao ser questionado sobre o assunto. “Qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico”, disse ele, ao destacar o fato de ter uma filha de 11 anos.


O Ministério da Saúde também iniciou a consulta pública sobre exigir prescrição e a obrigatoriedade da imunização infantil. O procedimento, que não é usual, foi criticado por especialistas e entidades.

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