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Styvenson: há chances do Podemos apoiar Rogério

O Partido Liberal (PL) vai reunir sua bancada nesta quarta-feira (7) para bater o martelo sobre a candidatura do senador eleito Rogério Marinho (PL) para a presidência do Senado. O ex-ministro do Desenvolvimento Regional vai disputar a eleição contra o atual presidente, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que recebe o apoio do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Podemos, partido do senador potiguar Styvenson Valentim, poderá fechar questão em torno da candidatura do senador potiguar.
“Já conversei com ele (Rogério Marinho) e estou aberto a esse tipo de conversa”, disse Valentim em entrevista ao Jornal das Seis, da rádio 96 FM. “Sobre o voto para Rogério, é possível. Eu já pedi para o Oriovisto (Guimarães, líder do Podemos) e logo, logo, teremos essa conversa. É importante o candidato conversar com o partido. Somos sete e o acordo é votar em bloco”, garantiu o senador.

Styvenson Valentim disse ainda que seu partido deve aguardar a reunião do Partido Liberal, que deve ocorrer nesta quarta-feira. Para o parlamentar, a decisão de votar em bloco é uma estratégia para fortalecer a sigla. Mesmo assim, se a direção do partido for diferente do que pensa, ele poderá votar diferente dos outros. “Não quer dizer que eu vá tomar decisão contrária. O voto em bloco é para fortalecer o partido. O Podemos estava muito disperso e a regra agora é alinhar para poder fortalecer. Se for a pauta fechada que não concorde com o que penso, voto só”, frisou, falando sobre os projetos que tramitam na Casa.

Enquanto o atual líder da casa se alia ao governo eleito, o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) conta com a maior bancada do senado na próxima legislatura, a do PL, para se eleger.

O desenho final das bancadas do Senado após as eleições de outubro passado apontou para uma distribuição mais concentrada de senadores entre os partidos. O Plenário terá 15 bancadas, mesmo número que iniciou o ano de 2022, mas cinco delas serão bancadas grandes, que reúnem pelo menos 10% da composição. Serão 54 senadores reunidos nessas cinco bancadas, ou dois terços do Senado.

Dessas cinco maiores, o PL de Rogério Marinho e do presidente Jair Bolsonaro é a que tem o maior número de senadores: 14. Ele será seguido pelo PSD, com 11, pelo MDB e União Brasil, com 10 cada um. Depois vem o PT, de Lula, com 9 senadores.

Todos os números das bancadas levam em conta os titulares dos mandatos, e não os suplentes em exercício. As projeções para a próxima legislatura consideram as filiações partidárias atuais, e podem mudar se houver mudanças de partido entre os senadores antes do início do ano.

Além do Podemos, para consolidar o nome de Rogério Marinho para presidir o Senado, o PL já iniciou a campanha com Republicanos, que contará com 3 senadores, e Progressistas (PP), com 6, que são partidos da base do atual governo. O PSC, com um senador, também deve entrar no grupo após se incorporar ao Podemos, se este seguir com o PL, como acredita o senador Styvenson. A estimativa é que, juntos, consigam reunir cerca de 28 dos 81 senadores já no primeiro momento. São necessários, ao menos, 41 votos para um candidato vencer a disputa ao comando do Senado.

Outra bancada que está sendo disputada pelos dois lados é a do União Brasil e também os votos dos parlamentares do MDB. As suas bancadas somam 20 votos. Porém, essas legendas reivindicam o comando de comissões e até o apoio para comandarem o Senado em 2025.

O MDB, por exemplo, já aderiu à campanha pela reeleição de Pacheco e quer manter o comando da vice-presidência do Senado. No dia 29 de novembro, a sigla protocolou a formação de um bloco com União Brasil e PSD em apoio a Pacheco. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) trabalha pela recondução do presidente do Senado, a quem apoiou no ano passado. Alcolumbre comandou a Casa de 2019 a 2021 e almeja voltar ao cargo em 2025. O União Brasil, porém, ainda não fechou questão sobre a disputa no Senado.

As eleições no Congresso estão marcadas para 1º de fevereiro de 2023 e o voto é secreto. O acordo para a candidatura de Rogério Marinho foi selado no final do mês passado durante jantar em Brasília, promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com a presença de Bolsonaro, do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e parlamentares do partido.

Rogério deve se pronunciar após a confirmação oficial, quando deve ser lançado oficialmente como candidato a presidente do Senado.

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