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Testemunhas de incêndio em galpão em Parnamirim começaram a ser ouvidas

  • Polícia

Quatro pessoas que trabalham para a empresa CSS Fogos, responsável pelo galpão que pegou fogo no dia 28 de dezembro, prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (3), na sede da 17ª Delegacia de Polícia de Parnamirim. 

De acordo com o delegado Luiz Lucena, responsável pelo caso, os trabalhadores deram poucas informações sobre o que teria dado início ao incêndio de grandes proporções que atingiu os dois galpões. 

“Nenhum deles explica como foi que o fogo começou. Eles dizem que não sabem e que só escutaram uma explosão forte de um dos fogos e quando viram o fogo, já correram”, disse Lucena

Ainda segundo os depoimentos, o incêndio teria começado na parte do meio do galpão. Quatro trabalhadores, dos nove que estavam no prédio, estavam na parte da frente do imóvel e conseguiram sair com facilidade. Outros cinco estavam na parte de trás e tiveram ferimentos graves após ficarem presos em um banheiro.

Além dos trabalhadores, duas testemunhas também foram ouvidas. Agora, a polícia aguarda os laudos periciais do local do incêndio para dar continuidade as investigações. 

“Vamos esperar os laudos do Itep e Corpo de Bombeiros para saber como esse fogo iniciou. Algumas testemunhas dizem que um plástico pegou fogo sozinho, mas a temperatura, na hora do acidente, já tinha baixado um pouco”, explicou o delegado. 

O delegado afirma ainda, que durante depoimento, os trabalhadores negaram que alguém estivesse fumando no local, o que poderia ter iniciado a explosão dos fogos de artifício. 

“Segundo eles, existiam dois fumantes entre eles, mas que não fumavam dentro do galpão e sim do lado de fora. Os quatro que fora ouvidos disseram que essa possibilidade não existe e que inclusive, trabalhavam de pés descalços, para não ter risco de gerar alguma faísca”, disse Lucena.

Durante toda a semana, outras testemunhas serão ouvidas na delegacia, entre elas o dono da empresa CCS Fogos. O advogado Jecílio Leandro Gomes, que representa a empresa, informou que está prestando todas as informações possíveis para a polícia, mas que é preciso aguardar a conclusão das perícias e de todas as oitivas para poder verificar o que de fato aconteceu. 

O incêndio nos dois galpões aconteceu na tarde do dia 28 de dezembro. Um dos prédios armazenava fogos de artifício que seriam utilizados na virada do ano em Parnamirim e Natal.  Dois trabalhadores morreram no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e outras duas vítimas continuam internadas.

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