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Zambelli foi autora intelectual de ataque hacker ao sistema do CNJ, diz PGR

  • Política

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de desempenhar um papel central na invasão dos sistemas eletrônicos do Judiciário brasileiro, sendo descrita como a “autora intelectual” do ataque hacker. Segundo a denúncia, Zambelli teria recrutado o hacker Walter Delgatti, oferecendo-lhe benefícios em troca dos serviços prestados. O objetivo declarado era desmoralizar a Justiça brasileira para obter vantagens políticas, inclusive participando ativamente da produção de uma ordem judicial ideologicamente falsa. A denúncia inclui acusações de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica contra Zambelli e Delgatti.

A PGR afirmou que Walter Delgatti confessou as invasões e detalhou como teve acesso aos sistemas, inclusive a intranet do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), emitindo até mesmo um falso mandado de prisão em nome do Ministro Alexandre de Moraes. A acusação aponta que Zambelli contratou os serviços de Delgatti e prometeu “trabalho” a ele, com pagamento escamoteado realizado por meio de um terceiro ligado ao gabinete da deputada. A PGR enfatizou que os acusados buscavam vantagens midiáticas e políticas ao desmoralizar o sistema de Justiça.

Em resposta às acusações, a defesa de Zambelli afirmou que a denúncia foi recebida com surpresa, negando qualquer envolvimento da deputada nos atos criminosos imputados. A defesa de Delgatti, por sua vez, destacou que seu cliente é réu confesso nas invasões e corroborou as declarações feitas por ele contra Zambelli. As investigações continuam sob a relatoria do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de esclarecer os detalhes e responsabilidades dos envolvidos nas invasões e na manipulação dos sistemas judiciais.

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