O diário oficial desta sexta-feira (3), traz uma mudança de cadeiras diretoria do Centro Cultural Trampolim da Vitória (CCTV).
No início de janeiro a nomeação do influencer Tiago Dionizio para diretor geral e de seu amigo Victor conhecido como “Padim”ex-candidato a vereador, como de diretor comercial foram alvo de críticas,
Nesta sexta-feira (31), foi publicado em diário a saída de Tiago Dionizio do cargo de diretor-geral do CCTV e a nomeação de Vitor (Padim) como diretor geral.
Já a vaga deixada por Padim será ocupada por Allef, outro integrante do grupo de influenciadores humorísticos de Tiago, reforçando a sensação de que as escolhas para cargos estratégicos estão sendo feitas por critérios políticos e de proximidade, e não por competência técnica ou conhecimento histórico.
O CCTV não é apenas um espaço cultural qualquer. Ele carrega a memória da participação de Parnamirim na Segunda Guerra Mundial um período crucial para a cidade e para o Brasil.
A gestão desse centro exige sensibilidade histórica e conhecimento para que a população possa ser envolvida e para que o espaço continue cumprindo seu papel educativo e turístico.
No entanto, ao contrário de gestões anteriores, não se percebe um esforço real para atrair público ou para promover ações que resgatem a importância do local.
O esvaziamento das visitas ao CCTV pode ser um reflexo direto da falta de planejamento e de iniciativas concretas voltadas à valorização da história de Parnamirim.
A nomeação de comediantes para cargos estratégicos na cultura da cidade gera um debate necessário: até que ponto a cultura pode ser tratada com amadorismo? Ter influência digital ou ser conhecido nas redes sociais é suficiente para gerir um espaço cultural dessa magnitude?
O que se vê até o momento é uma gestão que parece ignorar a relevância do espaço cultural e, por consequência, afasta a população da sua própria história.
Se a tendência continuar, a cidade corre o risco de ver um de seus espaços culturais mais importantes perder sua função social e histórica, transformando-se apenas em um nome sem representatividade real.




